terça-feira, 9 de outubro de 2012

Einstein era um romântico


“Tudo bem, é por pouco tempo”, eu penso. Penso com o mínimo de aperto no coração – veja bem, mínimo é diferente de nenhum. Mas reflito com tranquilidade: é por pouco tempo.
Aí eu te digo: olha só o que pouco tempo fez com a gente. O que uma única noite fez com os últimos meses. O que mini férias fizeram por todos esses dias úteis – e tão agradáveis.
Somos a prova de que o tempo é relativo. Descobrimos, a cada terça de manhã, que nosso pace pode ser mais acelerado que o do resto do mundo. Por outro lado percebemos, a cada domingo no sofá, que podemos viver no ritmo mais lento e preguiçoso da cidade. Juntos, vamos desafiando uma unidade de medida universal de um jeito muito particular.
E enquanto isso me angustia e joga na minha cara que, mesmo por pouco tempo, a saudade vai me beliscar, eu também consigo ver que a gente é que faz o tempo que vive.
Então eu entendo que nosso próximo pode estar longe, mas até lá, e até hoje, a gente continua perto. Pertinho. Pelo tempo que a gente quiser.