segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A temporada de chuvas me invadiu.
Primeiro foram as trovoadas, fazendo muito barulho. Mas já passaram.
Então vieram os relâmpagos, alternando brilho e escuridão.
Depois, muitos raios, tensão, eletricidade no ar.
Agora chove. Chove muito, inundando meu peito.
Não acabou a luz: isso ainda tem, e do tipo mais intenso.
Mas falta o ar com frequencia.
O ventinho bate e provoca arrepio, deixa a pele sensível.
Ao invés de me alojar debaixo de algum toldo ou marquise, resolvi curtir.
Encostei o guarda-chuva, abandonei a capa plástica, abri os braços.
Vou me jogar na correnteza e florescer.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Na montanha russa dos meus dias, subi em pensamento mais rápido que em verdade.
Antes mesmo de chegar lá em cima, caí em mim.
Então caiu a pressão.
Depois caiu a temperatura.
Até que caíram por terra todas as minhas certezas.
E aí veio o frio na barriga, coisa de toda montanha russa que se preze.
Saí com vontade de vomitar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Depoimento de não-ficção


A nossa história tem tudo pra ser um belo romance. 
A prosa, por exemplo, vem melhorando a cada dia. 
Confesso que às vezes sinto falta de um pouco de poesia, porque esse amor fantástico, às vezes, fica meio atrapalhado. Tenho a impressão de você faz gênero, mas aí dentro pulsa uma dor quase crônica.
Tudo bem, eu não tenho medo. Vou ficar com você, te dar a mão, te ajudar a virar a página. Pode ser difícil, mas sonhar alto ajuda.
E assim a gente vai escrevendo essa biografia: vivendo um dia de cada vez, passando mais tempo juntos, alimentando o sentimento e entendendo as entrelinhas. É com isso que eu conto.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A ciência diz que estômago vazio aumenta os sintomas a gastrite. Pois no meu caso, o que está vazia é a idéia. E assim o buraco meu estômago vai ficando cada vez maior.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Hoje eu me peguei tranquila depois de ter perdido umas 3 baladas ontem, sabendo que ia perder mais uma essa noite e outras mais no fim de semana. Tomei um susto - daqueles bons, que mostram o conforto que eu tenho no coração, bem contrário à taquicardia dos energéticos de noites agitadas.
Sobretudo, continuo embriagada, mesmo sem álcool. Continuo corada, mesmo sem maquiagem. Me mantenho lá em cima, mesmo sem salto. E sigo ouvindo a música, que toca e bate aqui dentro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Às vezes parece que meu coração tem gás: se mexe muito, o amor supita. É demais.
Sentir o amor acordando no peito é mais ou menos como fazer xixi na calça: a coisa foge do seu controle e aperta tanto que escapole. Primeiro é tenso, mas aí você relaxa. E fica tudo mais quentinho.

Pode não ser a comparação mais bonita, mas é humana.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Passado um tempo depois de chegar, descobri que lá não era bem o lugar onde eu queria estar. Então vim pra cá. E agora, mesmo depois de pouco tempo aqui, percebi que também não quero ficar.

Nunca vi pessoa tão sem lugar.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Reclamo de barriga cheia porque mesmo depois de comer ainda sinto um vazio por dentro.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Onde foi mesmo que a gente se cruzou? Estou tentando lembrar e voltar ao nosso ponto de encontro, mas cada vez mais me convenço de que a gente se perdeu no caminho.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Einstein era um romântico


“Tudo bem, é por pouco tempo”, eu penso. Penso com o mínimo de aperto no coração – veja bem, mínimo é diferente de nenhum. Mas reflito com tranquilidade: é por pouco tempo.
Aí eu te digo: olha só o que pouco tempo fez com a gente. O que uma única noite fez com os últimos meses. O que mini férias fizeram por todos esses dias úteis – e tão agradáveis.
Somos a prova de que o tempo é relativo. Descobrimos, a cada terça de manhã, que nosso pace pode ser mais acelerado que o do resto do mundo. Por outro lado percebemos, a cada domingo no sofá, que podemos viver no ritmo mais lento e preguiçoso da cidade. Juntos, vamos desafiando uma unidade de medida universal de um jeito muito particular.
E enquanto isso me angustia e joga na minha cara que, mesmo por pouco tempo, a saudade vai me beliscar, eu também consigo ver que a gente é que faz o tempo que vive.
Então eu entendo que nosso próximo pode estar longe, mas até lá, e até hoje, a gente continua perto. Pertinho. Pelo tempo que a gente quiser.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Such a bittersweet life...
Coisa de quem nunca está satisfeito, de quem curte estragar tudo ou de sadomasô?
Você decide.
Mas quem sofre sou eu.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nesse momento eu me permito um palavrão: fodeu. Essa é a palavra que me escapa. Porque a alguns momentos atrás eu me permiti abrir o coração. E me escapou o controle. Foi quando me invadiu a sensação mais incrível, e mais desesperadora, que acomete um ser humano. Me pegou que nem gripe, provocou febre, me deixou de cama, me fez morrer um pouquinho - um pouquinho a cada minuto que eu passo longe de quem eu tanto quero. Pois é, nesse momento eu também me permito ser cafona. Se o amor, que é tão grande, escapa de mim o tempo todo pro mundo inteiro ver, por que é que uma breguice dessas não sairia?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dói como se fosse amor. Faz cócegas como se fosse amor. Aperta o peito como se fosse amor. Causa febre como se fosse amor. Me suspende como se fosse amor. Queima como se fosse amor. Angustia como se fosse amor. Envolve como se fosse amor. Provoca como se fosse amor. Dá saudade como se fosse amor.
O que será que é isso?

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É quando uma faisquinha de vida explode no seu dia que você descobre que, no resto do tempo, você tá só empurrando.
Tudo bem. Viva a faisquinha.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Eu espero o telefonema.
Eu espero o e-mail.
Espero a mensagem.
Espero o toque.
Espero o beijo.
A chegada.
A aparição.
O sinal de fumaça.

Eu espero que dê tudo certo.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

domingo, 26 de agosto de 2012

Perdi.
Meu coração já não é meu.

Então como pode eu sentir que saio ganhando?

sábado, 18 de agosto de 2012

Que se foda.
Eu preciso e, aqui, eu posso falar: vai tomar no cú, sua filhadaputa. Você estragou tudo, com esse egoísmo que consegue ser maior que a sua bunda -  e nada mais consegue.
Não quero que você sofra, não quero que você apanhe, não quero troco nem vingança. Eu só quero sossego. Quero que você suma, que você desapareça da minha vida e leve junto todo o caos que você provocou.
Maldita hora em que eu confiei em você e acreditei que a sua amizade pudesse ser sincera.
Que me sirva de lição: 10 anos de relacionamento não garantem a honestidade do sentimento de ninguém.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Eis que alguma coisa mais forte que meu senso de organização aparece.
Quando de repente eu me pego sorrindo para a sua bagunça misturada à minha.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Gradualmente, eu saí do negro do luto pro amarelo. Animada, cheia de vida, de luz.
Aí veio você e me encheu de vermelho. Por dias, o calor desse sentimento me fez mais feliz.
Mas agora, tão de repente quanto quando veio, você parece estar indo embora. E eu não sei se me entrego ao azul que me toma a cada minuto ou se deixo aquela pontinha de verde sobreviver.

domingo, 29 de julho de 2012

Fazia tempo que eu não sentia tanta urgência.
E, sinceramente, eu não sei se gosto disso.

sábado, 28 de julho de 2012

- Quem são seus amigos de verdade?
- Confesso que, a cada dia, sei menos.

Diálogo de mim comigo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Ando sentindo sintomas da saudade.
E sintomas que a própria saudade provoca.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sentimento sem freio. Difícil parar.
O máximo que dá pra fazer é reduzir a velocidade.
Mas a potência continua a mesma, não importa quão devagar você faça ele ir.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CTRL+Z, CTRL+X, CTRL+C, CTRL+V.
Atalhos que não funcionam na vida real.
As letras até existem, mas ter CTRL é impossível.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Às vezes parece que meu ano todo é um grande mid season de um seriado com um único episódio.
Passo o tempo todo na expectativa até o dia em que a trama se desenrola toda de uma vez.
Preparação, climax e solução do conflito, tudo é resolvido em questão de horas.
Muda a idade dos personagens, o estilo das roupas, os cortes de cabelo, as palmas e as risadas de fundo. Mas entre tanta mudança sempre tem algo de familiar, algo de singular, algo de nosso.
Algo que eu não sei definir, mas que eu finalmente entendi. E hoje eu sei: pode ser que não hajam muitos capítulos, que a audiência não seja lá essas coisas e que o enredo seja um pouco repetitivo. Mas essa não é uma história comum. E está aí a razão do seu sucesso. Porque histórias não convencionais costumam ser mais interessantes. E ficam muito mais tempo no ar.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Tenho tanta coisa pra dizer... curiosidades bobas, dicas inúteis, comentários gratuitos e uns gemidinhos de frio ou de cansaço.
Poderia dizer pra todo mundo. Poderia falar com qualquer um, não é nada demais.
Mas tem coisas que eu reservo pra falar pra você. Algumas coisas, que não tem importância nenhuma, eu seguro aqui dentro. Porque são quase bonitinhas, são verdadeiras, são pedacinhos de mim. E eu não posso sair me dando assim pra qualquer pessoa. Só pra você.
Enquanto você não aparece, eu vou guardando tudo caladinha. E já aviso tudo isso adiantado pra você saber, quando chegar, que vai ter muito pra ouvir. É tudo coisa boa. Coisa boba. Que vai se acumulado aqui.
Então vem logo. Eu faço um cafézinho, a gente bate um papo e inventa mais assunto pra eu guardar só pra você.

terça-feira, 17 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012

Parece que a cada dia a gente aumenta um quilo no fardo que constrói enquanto vive.

Até que a gente se dá conta: como pode ser tão pesada a história que a gente escreve?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

No mundo dos adultos, um amor não correspondido é como um machucado mal cicatrizado.
Ele não dói sempre. Não é ferida aberta. Não é nada grave.
Mas está sempre ali, incomodando de vez em quando e fazendo você pensar que poderia ter sido diferente se você tivesse se cuidado direito.

sábado, 16 de junho de 2012

Ah, tudo aquilo...
Aquilo que nunca foi, aquilo que poderia ser, aquilo que eu gostaria que fosse, aquilo que nunca será.
Tudo aquilo é demais.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Num dia como esse, que inspira melancolia, eu expiro tristeza.
É só o que sai de mim.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mau humor, inferno astral, tpm, mundo injusto, tudo a mesma coisa.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Preguiça é o apelido que eu dou pra má vontade que eu sinto todos os dias.
Chegar em uma mulher com confiança é diferente de chegar com folga.
Não precisa desrespeitar. É só não tremer na base.
Sabe? Não né, senão não fazia errado...

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Chocolate e falta de amor.
Cigarro e ansiedade.
Bebida e stress.
Todo mundo sabe que uma coisa não resolve a outra.
Mas alguém liga?
Não. Vai lá, faz, se arrepende e segue.
Às vezes, é a vida.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Tem dias em que eu acordo muito cheia de amor.
Mas bons mesmo são os dias em que aparece alguém merecedor pra receber esse amor todo.
Senão é que nem água escorrendo de cano furado na rua: quem vê fica com pena do desperdício, mas não pode fazer muita coisa.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eu entendo entusiasmo, mas não aceito repetição.
Entendo evolução, mas não aceito arrogância.
Entendo exposição, mas não aceito exibicionismo.
Entendo superioridade, mas não aceito desprezo.
Entendo o adeus, mas não aceito abandono.

Entendo sobretudo que entender e aceitar são coisas diferentes.
Mas às vezes não aceito ter que lidar com isso.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Monotema:
um único assunto o tempo todo
OU
modalidade de assassinato em que o cérebro da vítima derrete, as orelhas sangram e o saco explode.

sábado, 12 de maio de 2012

Qual é a dificuldade em acertar?
E eu não lanço essa pergunta só pro universo não.
Por aqui a coisa também tá complicada...
E se eu não gostasse de errar de vez em quando, ia estar bem desesperada agora.

sábado, 5 de maio de 2012

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Aprendendo a ver cores e tons.
Mesmo nos dias mais daltônicos.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Será que não dava pra ser mais simples, não?
Mais fácil?
Mais leve?
Menos tenso?
Não deu...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Should I stay or should I go.
Sabedoria punk que mostra que muita gente por aí, através dos tempos, também não sabia o que fazer. E assim como acontece comigo, os outros não eram de muita ajuda.

domingo, 8 de abril de 2012

Pois é, eu vi.
Mas preciso dizer que não fiquei surpresa.
Eu já sabia que a história seria essa.
E, acredite se quiser, acertei inclusive nos personagens.
Não quer dizer que eu tenha gostado, porque eu não gostei.
Mas fazer o que... Não sou eu que controlo esse enredo.

domingo, 1 de abril de 2012

Eu sempre soube que o mundo é pequeno.
Mas daí me deixar apertada assim já é um pouco demais.
Amigos.
Nunca vou me acostumar a tê-los, porque é sempre tão mágico.
Sempre que um novo amigo aparece, se declara, parece que o mundo, em uma dimensão universal e ao mesmo tempo muito íntima, passa a fazer todo o sentido.
De um jeito que eu não sei explicar, mas eu sei sentir e agradecer. Do fundo do meu coração.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Alguém me viu de longe e resolveu me escrever.
Só erraram meu nome: me chamaram de Maria.
Mesmo assim, eu ouvi com muita atenção.
Ainda bem.
O recado era sério, me interessava muito e me fez muito bem.

Na verdade, pode ser que a mensagem fosse pra você.
Quer ver?
Viver sem paixão é uma merda.

sábado, 24 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Acho que a teoria da seleção natural não está valendo mais.
Porque ainda tem muita gente burra sobrevivendo por aí.

domingo, 18 de março de 2012

O que eu mais lamento é a falta de oportunidade.
É perder a chance de ser tudo o que poderia.
E poderia ser demais.
Definir a pedra no caminho sempre depende do ponto de vista.

terça-feira, 13 de março de 2012

Peço encarecidamente que calem a boca, vocês aí fora e vocês aqui dentro.
Contar até dez já não está fazendo ninguém desaparecer.
E isso pode ficar bem perigoso.
Portanto, colaborem.
Grata.

domingo, 11 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Aí, ó, falei! Demorou, mas chegou!
Dor de garganta, seja bem vinda.
Só que ao contrário...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Por favor, não saia por aí exibindo o que não é seu.
Principalmente se for meu.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Toda vez me sacode.
Toda vez.
Eu sei que não dá pra esperar perfeição de ninguém.
Mas tem dia que dá vontade...
E a vida continua, como uma linha reta que descobre ser capaz de fazer ângulos e curvas e de repente é o caos.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E é pior a cada dia.
Porque é cada dia melhor, mas não poderia ser absolutamente nada.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Miopia voluntária: pela opção de não ver as coisas com clareza pra não se desiludir com elas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dores de garganta psicossomáticas à vista.
Abri a janela e tava tudo bem lá fora.
De repente começou a se formar um temporal.
Era pra ser uma chuva de abrandar o calor e molhar plantinhas.
Mas tá virando uma tempestade.
Raios, trovões e tudo.
É o verão de mim.
Salinha fechada, atividade nenhuma registrada por um bom tempo.
Até que meteram a mão no interruptor.
Aí eu pergunto: será que meus olhos tão preparados pra luz acesa?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

domingo, 22 de janeiro de 2012

sábado, 21 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Passa boi, passa boiada.
Mas é sempre melhor ver passar o cavalo branco.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Um viva pras janelas que se abrem depois que fecharam a porta.
Tiros à queima roupa.
Ninguém pra fazer o curativo.
Querem acabar comigo...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Meta para 2012: levar a embriaguez somente até o limite da elegância.
É o fim do desmanche.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012