Vez ou outra a gente se apanha numas situações insustentáveis nessa vida, daquelas em que você sabe que o melhor a fazer é se afastar para evitar complicações. Pra que mexer com quem está quieto, no seu canto, cuidando da sua vida? Num lapso de juizo e raciocínio lógico, o que todo mundo faz, costumeiramente, é ir pro seu canto pensar com seus botões, analisar os ângulos, as versões do dilema e seus efeitos. A gente analisa, teoriza e cria praticamente um big bang da ação de cada um pensando nas reações, explosões, poeira cósmica, o que sobra, o que fica, que vida ainda vai existir. Enfim ela surge, a solução. Aparece iluminada, mostrando pra gente o caminho: não cutuquemos a onça com a vara curta. A gente segue o conselho mais que ajuizado. Ficamos todos no nosso devido lugar e vivemos, assim, felizes para sempre.
Fim.
Aham.
Até parece. A poeirinha que sobra das explosões aí só serve pra dar uma coceira na gente, que não consegue ficar quieto de jeito nenhum. Se o negócio fica difícil, aí é que fica bom. A gente esquece a boa recomendação da cabeça, vai provocando e empurrando o insustentável até ele ficar insuportável. E o resto, sempre, é história.
E o livro que você vai escrevendo depende desse tipo de coisa. O seu, é bom?
segunda-feira, 9 de março de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário