quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Essa vida cabeluda

Mulher deve ter mesmo muita dificuldade em saber o que fazer no seu tempo livre, inclusive o arranjado. A gente não faz besteira só quando sobra tempo, mas a gente arruma uma hora praquela bobagem. Tipo mexer no cabelo. Tá lá, lindo, o cabelo, aí a gente vai e estraga. E isso deve ser uma sina, uma característica genética que acompanha o cromossomo X, ou o estrogênio. Deve vir do útero. Porque desde pequena, a menininha já fazia isso. Vai falar que você nunca ficou com uma escova ou um pente embolado numa mecha enorme de cabelo porque estava tentando uma façanha? Ou que nunca cortou a franja demais e ficou com ela torta e muito curta pra consertar? Aí você cresce, aprende que não pode fazer isso - mais ou menos, porque tem gente que continua cortando a própria franja e ainda resolve dar um bônus e fuçar na sobrancelha, e fala pro seu cabelereiro fazer. Estragar seu corte lindo por um super repicado que não fica bem em você e não tem nem como disfarçar, porque tem tanto tamanho de cabelo, inclusive uns curtinhos, que nem rabo de cavalo você consegue fazer. Aí a solução é fazer escova todos os dias. "Oh, mas espera, e aquele alisamento japonês super na moda?" Você vai, faz, e fica parecendo que passou 4 dias passando chapinha no cabelo. Ou que tomou um susto e o cabelo arrepiou pra baixo ao invés de subir. "Tudo bem, da próxima vez vou fazer uma progressiva." Fica um tempão com uma toalha molhada no rosto e um ventilador soprando na sua cara enquanto a pobre moça do salão fica lá sentindo o cheiro horroroso de formol e tem lágrimas nos olhos. Mas tudo bem, você vai ficar bela. Por apenas $250, por 3 meses. E pega todos os gatos do pedaço com seus cabelos sedosos. Aí vem a seca. Não dos gatos, do cabelo mesmo. Se ainda houver, porque cai que é uma beleza. "Tá, vou assumir meu visual natural. Mas acho que pra ficar bom falta só uma coisinha". E você resolve ficar loira. Só nas pontas. Lindo? Na verdade você mesma achou bem cafona. "Vou pedir pra moça do salão descolorir tudo." E nasce de novo a Marilyn Monroe, que anda na rua arrasando, mas dá de cara com o espelho em casa e fica arrasada. "Vou na farmácia comprar aquela tintura rápida." Vai mesmo minha filha, passa a tinta no seu cabelo. Sabe o que acontece? Fica roxo. Cansada de tantas experimentações, você resolve assumir um lado punk que você nem sabia que tinha, e contrariando essa filosofia, você fica cada vez mais limpinha: toma milhares de banhos e lava a cabeça todas as vezes, pra ver se a peruca volta ao normal. A partir daí, você decide ir ao cabelereiro todas as vezes, mesmo que seja só pra aparar as pontinhas. Mas e a agonia nos dedinhos, a ânsia pela escova, o instinto ou característica genética crônica? Você arruma um namorado bem bonzinho, começa na escova, na chapinha e por aí vai...

2 comentários:

Unknown disse...

HAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHA
AHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHHA
Ai Ale, super me identifiquei!!!
Até na parte da sobrancelha ou, tipo q a gente vai tirando, tirando, de repente tá a cara da Edith Piaf, M-E-D-O!
E a foto ou, como vc conseguiu essa pérola?
=***

Unknown disse...

HAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHA
AHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHHA
Ai Ale, super me identifiquei!!!
Até na parte da sobrancelha ou, tipo q a gente vai tirando, tirando, de repente tá a cara da Edith Piaf, M-E-D-O!
E a foto ou, como vc conseguiu essa pérola?
=***